Winter Update 2022: Galthen e a Cidade de Ouro

Galthen colocou sua bolsa no chão de pedra. Esta carverna era o lugar ideal para recuperar o fôlego. Uma pequena fortaleza em meio a todos os perigos. Por dias, ele vagou pela selva densa e, há algum tempo, vinha sentido que não estava progredindo. Ele tinha a sensação de andar em círculos. Algo não estava certo. “Esse maldito matagal está me confundido”, ponderou o cavaleiro. Por tanto tempo ele teve a certeza de estar no caminho certo. E agora, a dúvida pesava.

“É um esforço em vão”, disse seu guia e companheiro, Balthasar, antes de desistir e partir. Esse lugar não existe. É apenas uma lenda. Uma invenção. Um sonho em vão. E foram exatamente essas palavras que levaram Galthen ao começo de tudo. Os mistérios, dos quais todos os outros apenas zombavam. Ele quis adentrar nesses sonhos dourados. Quis trazer luz as sombras. Isso fez com que várias tribos antigas o apelidassem de “tocha”. Alguém que persistentemente segue em busca da verdade.

E ele tinha que pensar nisso justamente agora, enquanto encarava as chamas de sua fogueira – “tocha”. Ele foi sentido sua própria respiração, mais e mais absorto, até esvaziar completamente sua mente. Aos poucos, o mistério da cidade de ouro começou a se desdobrar diante de seus olhos. Ele estava prestes a abrir os portões da cidade, quando seu devaneio foi interrompido por um terrível estampido. Ele caiu coberto de sangue no fundo da caverna. Algo o chicoteou e o arremessou contra as pedras.

Galthen abriu os olhos. Fogo e pedras. Dor e surpresa trazidos com violência. “Isso é real, ou eu estou sonhando?”

Um grito ensurdecedor cortou o ar. Um primata gigante! Uma besta épica e cinza tentou afugentá-lo da caverna com seus gritos. E com qualquer outro intruso, ela teria conseguido. Mas Galthen não era uma pessoa qualquer…

Galthen, então, era novamente o aventureiro que ansiava por momentos como este. A ferocidade dessa criatura selvagem. Seu poder, sua intenção. Tudo isso estava contra ele. Uma tarefa que exigia sua total atenção.

Em uma presença digna, ele esperou o ataque decisivo de seu adversário colossal. Os olhos do cavaleiro brilhavam. Seu olhar era de pura concentração, e seu corpo um oceano em alerta.

O primata o atacou com raiva. O nobre cavaleiro sentiu sua energia desenfreada e a sede de sangue da criatura, ao desviar para o lado como um toureiro. Seu inimigo bateu fortemente a cabeça contra a parede da caverna.

Galthen moveu-se lentamente em direção a criatura, e arracou sua adaga do hipotálamo do gigante, agora caído.

“Pelo menos ele teve uma morte rápida e sem dor.”

O forte impacto abriu um buraco na rocha, expondo um portal secreto.

“Eu sabia que estava perto!”